Um pouco do que o Rotary vem fazendo em outros países

Pessoas em ação pelo mundo

Estados Unidos 

A maioria das espécies de plantas norte-americanas depende de insetos, principalmente das abelhas, para a polinização. “Toda a cadeia alimentar está alicerçada nas abelhas”, explica Dave Hunter, do Rotary Club de Woodinville, no Estado de Washington. 

O clube lidera um projeto que transforma barris de vinho usados em canteiros suspensos para o cultivo de plantas que atraem e nutrem as abelhas – e, ao mesmo tempo, embelezam a cidade. Mediante uma doação anual de US$ 150 à fundação do clube, as empresas e comerciantes locais podem ter um desses canteiros instalado em frente ao seu estabelecimento. 

Os barris têm um QR code que direciona ao website do clube, onde há informações sobre o programa e a importância dos polinizadores. “Não estamos apenas montando canteiros de flores, mas também educando a população por meio deles”, diz Dave, dono da Crown Bees, empresa que fornece abelhas, caixas para a criação delas e outros materiais para apicultura. 

O clube fez parcerias com a prefeitura, empresas, um grupo de jardinagem e uma organização sem fins lucrativos para organizar um festival sobre polinização que atraiu cerca de 500 pessoas em maio do ano passado. 

Canadá 

O Rotary Club de Olds, em Alberta, está dando nova dinâmica ao processo por meio do qual outorga subsídios a grupos comunitários. Em novembro, representantes de cerca de uma dúzia de organizações apresentaram suas propostas ao clube em um concurso inspirado no Dragons’ Den, programa de televisão canadense semelhante ao Shark Tank [cuja versão brasileira é exibida pelo Sony Channel], no qual investidores avaliam propostas de empreendedores em busca de capital. 

Cada organização teve cinco minutos para apresentar sua proposta ao clube, seguidos de outros cinco para responder às perguntas de um painel de rotarianos. O presidente Randy Smith conta que, na verdade, todos os proponentes receberiam sua parte dos cerca de US$ 10.000 disponíveis, independentemente de quem ganhasse. 

Mas diz que a animada competição deu aos candidatos a subsídios, dentre os quais havia interactianos e cadetes dos bombeiros, uma oportunidade de mostrar sua criatividade e aprimorar as habilidades para esse tipo de apresentação.

Hungria 

Em 2021, quando a administradora de uma colônia de férias para crianças com síndrome de Down e outras deficiências cognitivas anunciou que não poderia continuar com o programa, o Rotaract Club de Kecskemét resolveu entrar em ação. 

“Manter o programa em funcionamento tornou-se a principal iniciativa do nosso clube”, recorda Anna Antalfalvi. Ela e seus companheiros de clube são estudantes de pedagogia e psicologia. 

“Nosso objetivo é ajudar as crianças a se desenvolverem por meio de atividades diurnas, dando aos pais um tempo para relaxar e participar de grupos de apoio.” Os oito associados do clube e alguns voluntários realizam workshops e trabalham na cozinha e na limpeza.

Com uma semana de duração, a colônia de férias é gratuita para os participantes (em 2023, foram 17) e custa ao clube o equivalente a cerca de US$ 3.100 por ano. 

“Nosso Rotary Club patrocinador ajudou pela primeira vez no último ano, fornecendo todas as refeições de um dia e fazendo o almoço no outro dia”, Anna conta. 

“Quando foram ao local e viram a importância do trabalho que realizamos, eles decidiram incluir a colônia de férias na sua meta anual de arrecadação de fundos.”

África do Sul 

O que começou com uma entusiasmada profissional de saúde contando a rotarianos dos Estados Unidos sobre a escassez de água na África do Sul acabou se tornando uma parceria que reformou cozinhas e instalações sanitárias em cerca de 12 escolas que atendem mais de 7.200 alunos. 

Em 2018, depois de assistirem no clube a uma apresentação de Julia Heemstra, que cresceu na África do Sul, os associados do Rotary Club de Jackson Hole decidiram apoiá-la no fornecimento de filtros de água portáteis. 

Como os rotarianos queriam fazer mais, Julia os conectou ao Rotary Club de Grahamstown, no país africano, que na época estava reformando as instalações sanitárias da Escola de Ensino Médio Ntsika. 

“O abastecimento de água na região era inconstante e, quando havia interrupções no fornecimento, as escolas fechavam, prejudicando os alunos”, lembra Stuart Palmer, ex-governador do distrito 5440. 

Os clubes se uniram em um projeto de Subsídio Global para realizar os trabalhos e, em seguida, um Subsídio Distrital foi usado para melhorar os sistemas hídricos em mais dez escolas. Em 2022, os dois clubes receberam um Subsídio Global de US$ 400 mil para modernizar as cozinhas e sanitários de sete das escolas em que haviam trabalhado anteriormente. 

“Não só passamos a ter um abastecimento de água mais confiável nessas escolas, como elas passaram por uma grande reforma”, festeja Stuart Palmer.

Índia 

As chuvas de monções atingem regularmente o Estado de Maharashtra. Com um Subsídio Global de US$ 50 mil, o Rotary Club de Mumbai Down Town Sea Land supervisionou a construção de cinco barragens que ajudarão os agricultores a lidar com enchentes no distrito de Palghar. 

“A maior parte da água da chuva escorre pela superfície, já que o terreno é basicamente formado por rochas, com solo duro”, informa a rotariana Chandraprabha Khona, que dirigiu o projeto em cooperação com o Rotary Club de Colombo, do Sri Lanka. 

Uma contribuição de quase US$ 30 mil de Shabbir Rangwala, ex-presidente do clube de Mumbai, foi fundamental. As novas barragens de concreto permitirão aos agricultores expandir a irrigação e cultivar mais gêneros alimentícios, bem como armazenar água para saneamento e abastecimento de poços. 

Chandraprabha Khona acrescenta que o projeto será responsável por “um salto exponencial” no rendimento dos agricultores.

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